As Relíquias dos Deuses – Capítulo 9 – O segredo sob a rocha

"Come away little light, come away to the darkness. In the shade of the night we'll come looking for you" (Come Away to the Water - Maroon 5 feat. Rozzi Crane)

Selena sentiu seu tornozelo se torcer ao tropeçar em uma grande rocha de modo que a rocha a lançasse para o ar. A rocha rolou alguns centímetros e parou no lugar.

Logan se virou ao ouvir o grito dela, era o que estava mais próximo de Selena. Ela pairava no ar, balançando a varinha sem parar, mas sem conseguir lembrar o feitiço correto. O filho de Poseidon estendeu os braço quando ela estava prestes a ir de encontro ao chão.

Seus olhos se encontraram, azul-esverdeado com castanho-chocolate enquanto Selena segurava os ombros de Logan e este a agarrava firme pela cintura, colocando-a devagar no chão. Aquele momento poderia ser considerado um daqueles momentos clichês de filmes em que duas pessoas se olham nos olhos pela primeira vez acidentalmente e repentinamente o mundo parece ter se tornado algo sem importância.

Selena: Obrigada... – Ela sussurrou sem saber como conseguira dizer algo.

Nick: Uau, é impressionante como o verdadeiro amor da sua vida aparece quando você acaba de escapar da morte e está em uma missão suicida para encontrar objetos que estão sabe-se lá onde e enfrentar sabe-se lá quem. – Nick disse com seu comum humor irônico, arrancando algumas risadas nervosas e tirando o casal do transe.

Logan/Selena: Do que está falando? – Eles perguntaram em uníssono, suas orelhas ganhando um forte tom escarlate.

Nick: Nada, nada. Não rolou um clima entre vocês e eu sou um caldeirão ambulante. – Respondeu, ainda irônico.

Joe: ISSO EXPLICA TUDO! – Joe falou inocentemente, implicando claramente com o primo. Nicholas sacou sua varinha, pretendendo lançar uma bela azaração em Joe, mas foi distraído pelo pigarro de Danielle, que chamou a atenção de todos.

Danielle: Alguém percebeu o que isso é? – A filha de Atena pegou um cilindro que parecia feito de eletricidade do buraco que apareceu após a rocha rolar para o lado.

Miley: O raio-mestre!? – Miley arregalou os olhos.

Danielle: Sim... parece que achamos. Temos que mantê-lo guardado em segurança.

Demi: Que tal guardá-lo em minha mochila? – Demi sugeriu, pegando o raio quando todos assentiram afirmativamente. Sua mão livre sumiu dentro de sua mochila e apareceu novamente segurando uma pequena bolsinha feita de um couro exótico. – É feita de couro de briba. – Explicou.- São extremamente raras, mas eficientes. Quando um estranho se aproxima, ela se encolhe tanto que fica praticamente impossível vê-la. – Ela abriu a bolsa e guardou lá dentro o raio-mestre. Os semideuses se impressionaram um pouco, a bolsa parecia pequena demais para conter tal objeto. Demi voltou a colocá-la em sua mochila.

Kevin: Agora, que tal procurarmos um local seguro para acamparmos e cuidar dos ferimentos? – Todos assentiram.

Miley: Tay, seu braço...

Taylor[S]: Tudo bem, acho que há uma clareira em uma floresta aqui perto, eu aguento. – Ela segurou o braço ensanguentado.

Após andarem um pouco por entre as várias árvore, a maioria sempre-verdes, de uma floresta próxima à cidade, acharam uma grande e confortável clareira, grande o bastante para que pudessem montar tranquilamente a barraca e sobrar um bom espaço entre ela e o lago.

O interior da barraca era impressionante – dois cômodos, sendo o primeiro um quarto que tinha duas beliches embutido com uma pequena e básica cozinha e o segundo um banheiro espaçoso. Entre as beliches e a pia da cozinha havia espaço suficiente para os vários sacos de dormir serem acomodados.

Tay sentou-se na beliche mais próxima, tirando a mão do machucado.Um corte fundo e parcialmente grande estava aberto em seu braço. Kevin, o melhor em feitiços e qualquer outra coisa com poder curativo do mundo mágico – e até do mundo trouxa – agachou-se ao lado dela. Ele tinha um pequeno frasco na mão.

Kevin: Isso pode doer um pouco. – Ele avisou antes de pingar três gotas do líquido sobre a ferida da filha de Apolo. Uma fumaça esverdeada ergueu-se no ar e sobre a antes carne viva agora surgia uma renovada pele.

Taylor[S]: O que é isso? – Perguntou tentando controlar um gemido de dor.

Kevin: Essência de ditamno. Tem bastante propriedade curativa, mas não cura inteiramente a ferida por dentro. – Kevin explicou enquanto enrolava o braço da garota com gaze trouxa. – Aqui. – Entregou outro frasco com a mesma essência para a garota. – Seu pai é o deus da medicina, então...

Taylor[S]: Obrigada.

Tay pegou um pegou um pedaço de ambrósia em sua mochila com o braço ileso e o repartiu em vários pedaços menores enquanto Kevin cuidava dos ferimentos nos dedos das mãos de Miley, agora todos machucados pela adaga – a força necessária para segurá-la havia rompido a pele dos dedos. Felizmente, os ferimentos não eram muito profundos nem muito grandes.

Não muito longe, encostados na pia, Demi e Joe dividiam uma pequena barra de chocolate. Afastar aqueles dementadores por tanto tempo necessitara muita energia e os tinha abalado mais profundamente mesmo com seus Patronos.

Taylor[L]: Está melhor? – O Taylor perguntou à namorada, preocupado.

Taylor[S]: Estou sim. – Ela assentiu, dando um pedaço de ambrósia ao garoto, que agradeceu. – Está machucado?

Taylor[L]: Não. Cansado e dolorido sim, mas não machucado. – Ambos olharam em volta da barraca. O fogo crepitava em uma lareira, deixando o ambiente quente e confortável.

Taylor[S]: Vou ajudar os outros, ok? – O filho de Hefesto assentiu e beijou a garota, que levantou-se e foi para o lado de Danielle, que segurava o joelho direito totalmente ralado. Logan tinha seu punho enrolado em gaze, e agradeceu quando a Taylor lhe deu um outro pedaço de ambrósia. – Quebrou? – Ela perguntou enquanto aplicava uma pequena gota de essência de ditamno em um dos cortes mais profundos no joelho de Dani.

Logan: Não, chegou perto, mas não. Só torci e o Espectro aproveitou para me machucar ainda mais.

Danielle: E, mesmo com a mão machucada e quase quebrada, você ainda segurou Selena... – A filha de Atena acenou com a cabeça em direção à cama onde antes Tay estava sentada. Agora Selena estava sentada lá enquanto Kevin cuidava de colocar seu tornozelo torcido no lugar.

Logan: Eu queria tirar todos vivos de lá... – Ele deu de ombros.

Danielle/Taylor[S]: Sei... – As duas falaram em uníssono, irônicas.

Logan: Estão dizendo que depois de ela falar pela primeira vez diretamente a mim eu estou apaixonado por ela?

Taylor[S]: Com Afrodite não se brinca, mas ela brinca com os outros seriamente. Entende do que estou falando?

Logan: Está exagerando.

Taylor[S]: Diga isso agora, em breve terá mudado de argumento. – Logan revirou os olhos e suspirou.

Logan: Que horas são? Estou com fome.

Taylor[S]: Exatamente que horas são eu não sei, mas já é o pôr-do-sol... em média seis horas da tarde.

Selena: Certo... vou lançar alguns feitiços de proteção em volta da barraca. – Selena comentou após agradecer Kevin e se colocar de pé. Seu tornozelo ainda doía levemente, mas conseguia andar normalmente.

Taylor[L]: Vou ver se consigo pescar alguns peixes no lago... Descansem, estão mais machucados que nós. – Todos assentiram, precisavam mesmo se recuperar.

O jantar estava pronto, os sacos de dormir armados, a noite já se estendia firme sobre os céus e a barraca estava cercada por todos os feitiços de proteção conhecidos por Selena – o que significava que as chances de estarem em segurança eram de 99%.

Jantaram em silêncio, conversando com os olhos, sentados em um círculo sobre os sacos de dormir.

Miley: Partiremos para Roma amanhã? – Miley perguntou quando todos terminaram de jantar, quebrando o silêncio. – À que horas?

Demi: Que tal após o café-da-manhã? Em média, um horário em que Roma não esteja pipocando de gente pelas ruas.

Danielle: Que tal à hora em que a Aurora passar?

Kevin: É o horário mais seguro. – Kevin e Danielle trocaram olhares suspeitos, como um casal apaixonado. Lá encima, no Olimpo, provavelmente Afrodite estava bem feliz com as possibilidades de formar novos casais naquela Missão.

As estrelas lá fora indicavam que seria no mínimo dez horas da noite, mas também poderia ser meia-noite.

Taylor[S]: Quem irá usar as beliches? – Um silêncio constrangedor se instalou na barraca. Quando Selena ia responder, algo chamou sua atenção.

Selena: Há algo se movendo lá fora. – Ela se colocou de pé. – Na floresta. É melhor verificar... – Antes que pudesse sair para ir verificar, uma mão suave, mas firme, segurou seu braço.

Taylor[S]: Eu vou.

Selena: Tem certeza...

Taylor[S]: Tenho. Fiquem aí. Em caso de perigo eu mando uma flecha. Não se preocupem, meu braço já está melhor, mas caso eu não voltar em cinco minutos...

Taylor[L]: Te procuramos... certo. Boa sorte. – Ele abraçou a namorada e deu um selinho nela. – E tenha cuidado. – Ele sussurrou a última parte. Tay assentiu. – E eu te amo.

Taylor[S]: Eu também te amo. – Engolindo em seco, Tay saiu da barraca e do campo de proteção que a cercava, sendo engolida pelas árvores que cercavam a clareira enquanto prendia seu cabelo com o seu elástico da sorte; sua aljava pendia em suas costas e seu arco estava pendurado em seu ombro. Enquanto isso, os que ficaram desfaziam a barraca e guardavam suas coisas, sem uma impressão muito boa do que iria acontecer.

A fraca luz da lua que entrava pelas frestas deixadas pelas copas juntas das árvores não possibilitava uma visão muito boa do que estava à frente. Não havia se afastado muito da clareira, ela sabia, mas isso não afastava o medo.

Os pêlos de sua nuca se arrepiaram quando viu um vulto aparentemente negro e dourado [talvez pela iluminação] se mover astutamente pelas sombras das árvores. Parecia um grande leopardo, mas pelo grunhido que soltou quando fixou seus grandes olhos pretos na filha de Apolo, chamar aquele animal de leopardo seria como chamar Tifão de coelhinho da Páscoa.

Tay preparou seu arco com a flecha que Justin lhe deu antes dela partir – uma flecha de Apolo, usada dignamente por seu pai, que deu seu toque especial na flecha após ter sida forjada por Hefesto. Na ponta da flecha havia uma pequena lira gravada e o ouro de que ela era feita brilhava como o sol. O animal atacou.

Taylor[S]: Voítheia ! – Ela gritou “ajuda” em grego, antes de disparar a flecha contra a garganta do animal. O animal cambaleou para trás e sangue começou a jorrar do furo, mas isso parecia apenar ter deixado o animal mais furioso ainda.

# Taylor Lautner narrando #

Eu estava preocupado, admito que deixar minha namorada andar sozinha por onde quer que haja algo que possa matá-la, mas depois de anos de experiência aprendi que falar algo nunca faria ela desistir de dar a vida pelos amigos. Meu coração apertou quando ouvi a voz dela ecoar pela clareira, gritando “VOÍTHEIA”, ou “ajuda” em grego.

Taylor[L]: FIQUEM AÍ! – Gritei antes de correr para procurá-la, sem dar tempo para qualquer comentário de negação.

Encontrei Tay aparentemente inconsciente no chão da floresta, não muito longe da clareira. Uma flecha ensanguentada estava ao lado dela. Não muito distante, um grande animal que parecia um grande leopardo negro mostrava suas presas afiadíssimas, um furo em sua garganta jorrava sangue.

Segurei mais firmemente meu canivete-suíço [que agora era uma espada] e ataquei. O animal se esquivou facilmente e soltou um granhido, aparentemente rindo.

Depois disso, tudo que me lembro foi de a fera ter partido para cima de mim, um farfalhar de folhas ao meu lado e o som de uma flecha cortando o ar, e então tudo ficou escuro.

- - -

Continua...

No próximo capítulo...
" - Se forem os seres pequeninos de orelhinhas pontudas que Shakespeare descreveu em suas histórias...
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  - E eles têm músicas muito bonitas...
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   - (...) para um Nundu desacordado (...) "


Notinhas de rodapé...
1 - Bolsas de couro de briba (um pequeno animal do mundo mágico) são extremamente raras, são pequenas exteriormente mas podem guardar objetos muito maiores em seu interior. Assim como o animal de onde vem seu couro, quando um estranho se aproxima, a bolsa diminui naturalmente de modo que ela não possa ser achada tão facilmente.
2 - Essência de ditamno é um produto curativo, mas ele não cura o machucado tão bem interiormente quanto exteriormente, então ele serve mais para impedir mais danos externos no machucado e parar o fluxo de sangue, deixando o machucado interno curar naturalmente.
3 - Árvores sempre-verdes são árvores que se mantêm o ano todo verdes, independente da estação.
4 - Objetos do Olimpo são geralmente forjados por Hefesto, mas podem ter um toque de tal deus, por exemplo, a flecha de Apolo vai dificilmente errar de direção, independente dos ventos.
5 - Tifão é um titã/deus dos ventos ferozes e violentos.

Véi, esse capítulo ficou gigante o.o Quem aí gostou? u.u Agora as coisas estão ficando legais. Enfim...

Respondendo aos comentários:
Lovatic Yeah! Primeira! Obrigada ~minha história é das lótus -nn~! Postado!
Mandy. Postado u.u Ok, e obrigada. A ficha já tá salva. E divulgo sim, ok?
Mackenzie Hsahshahhasha obrigada! Ok, to esperando a ficha senhorita Bruna.
Yumi H. e Rafa S. Obrigada! De verdade! Haha ainda não li, como é? Sim, são excelentes, é claro que a mitologia egípcia é bem menos explicada do que a grega nos livros pois é mais complexa, mas vale a pena. E não está enchendo não u.u. Postado!
Forever_Young Awnt, obrigada! Postado! Beijos! E já salvei a ficha.
Anônimo Kkkkkkkkk postado... Mandy, é você? ~estou te observando -nn~
«╬♥Nathy & Mary♥╬« Seja bem-vinda! E obrigada! Quanto ao blog... leia a FAQ. Bjinhos.

Divulgação
 I Promise You - por Mandy.


Ah, eu postei uma one-shot Charlena! Clique pra ler. E também estou pensando em criar um tumblr de fics de PJO/HdO. No meu tumblr pessoal tá melhor explicado.
Enfim, espero que gostem! Até a próxima!

God bless!!! Kisses!!!